
Quando as pessoas adotam um growth mindset ou uma mentalidade de crescimento em suas vidas pessoais ou profissionais, começam a caminhar por um trajeto de muito mais inovação, resiliência e autenticidade.
Ser adepto ao growth mindset é acreditar que diversas habilidades podem ser desenvolvidas através de muito esforço, disposição para o aprendizado e absorção de feedbacks – e fugir daquela ideia de que só é hábil para alguma coisa quem nasce com a skill.
No cotidiano de um líder e no mundo corporativo como um todo, isso muda tudo. Entenda.
O que é growth mindset?
Criado pela psicóloga Carol Dweck, da Universidade de Stanford, o growth mindset é a crença de que as competências individuais e coletivas podem ser desenvolvidas quando há dedicação e aprendizado contínuo; de que as pessoas podem se reinventar.
Nesse conceito, cujo significado, em português, é “mentalidade de crescimento”, o erro, a abertura a feedbacks e a superação de desafios são vistos como parte essencial da evolução humana.
Então, ele se opõe ao de mentalidade fixa ou fixed mindset, defendida por quem acredita que algum talento é inato a alguém.
“As empresas mais bem-sucedidas são aquelas nas quais errar rápido é permitido, mas aprender com isso é obrigatório, o desconforto é sinal de evolução e esperar a perfeição logo de cara é sinal de estagnação.” – Alex Anton
Na imagem, veja mais diferenças entre as duas formas de pensar e agir:
Por que adotar uma mentalidade de crescimento?
As características principais do growth mindset, como busca constante por conhecimento, capacidade de se recuperar de falhas, valorização do esforço e positividade frente aos desafios, tornam profissionais e equipes mais confiantes, engajados e flexíveis.
Empresas que aplicam essa mentalidade em suas culturas organizacionais tendem a aprender com os erros enquanto buscam melhorias, e isso é ouro!
Ao mesmo tempo, líderes adeptos do growth mindset conseguem perceber o quanto o perfeccionismo paralisa seus projetos, entendem que ser gentis consigo mesmos os deixa mais equilibrados, agem com coragem, mesmo quando não têm total confiança e deixam o ego de lado, tomando decisões mais objetivas e sendo mais eficazes também.
“A mentalidade de crescimento é como a troca das lentes de um óculos, fundamental para pessoas e empresas enxergarem o mundo como um espaço aberto ao crescimento, no qual habilidades são construídas, não herdadas, e abrirem mão da busca por validação.”
Suas vantagens surpreendem.
Benefícios do growth mindset para líderes, equipes e empresas
Aumento da inovação, do engajamento, da produtividade, redução da rotatividade de colaboradores e mais empatia e inspiração por parte das lideranças são coisas que só a fuga de uma mentalidade fixa podem proporcionar.
Para que você analise os benefícios gerais de um aprimoramento contínuo, mas de acordo com o seu interesse, criamos o quadro adiante.
Para quem | Benefícios |
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Líderes |
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Equipes |
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Empresas |
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Como adotar ou aplicar uma mentalidade de crescimento?
Os primeiros passos de quem quer desenvolver a mentalidade de crescimento são reformular crenças limitantes e investir em aprendizado contínuo através do consumo de diversos tipos de conteúdos e, por exemplo, de mentorias estratégicas de growth mindset.
Além disso, recomenda-se fortemente a criação de um ambiente seguro para errar, somada à prática de autocompaixão – difícil, mas necessária. Aceitar os erros e usá-los como um trampolim para evoluir é parte fundamental da adoção do growth mindset.
Nas empresas, a aplicação da mentalidade envolve o hábito de transformar feedbacks em oportunidades, o ato de elogiar o esforço em vez do resultado somente e o de celebrar desde pequenas conquistas até as falhas que ensinam e a liderança pelo exemplo.
Líderes que mostram vulnerabilidade, curiosidade e vontade de evoluir e que estimulam a substituição do “não consigo” por “ainda não consigo” fazem toda a diferença no processo.
Se precisar, adote o checklist do próximo tópico, adequando-o se necessário.
Checklist para o growth mindset em empresas
De estratégias teóricas às práticas, agarre-se a estas aqui:
- Estímulo ao “ainda não”
- Treinamentos regulares
- Foco em aprendizado contínuo
- Recompensa ao esforço, à criatividade e a colaboração
- Partilha de histórias de
- Partilha de aprendizados
- Trilhas de desenvolvimento personalizadas
- Feedbacks constantes
- Revisão e atualização da cultura organizacional
- Liderança pelo exemplo
- Comunicação clara
- Erros como parte do processo
- Avaliação do progresso, não apenas de metas absolutas
Faça como Howard Schultz, que comandou a expansão global da Starbucks e ouviu um monte de “não’s” antes de conseguir que investidores o apoiassem ou como o famoso Thomas Edison que, ao tentar inventar a lâmpada, como ele mesmo diz, não falhou, mas descobriu 10 mil maneiras que não funcionam.
Dê o primeiro passo e mantenha a consistência. Se quiser, adote até a ideia de gamificar alguns processos! Enxergue possibilidades onde, antes, só pareciam existir barreiras.
Você chega lá.