Como montar um conselho consultivo: dicas práticas

Aprenda como montar um conselho consultivo a serviço do seu negócio. Veja como acabar com a solidão do início ao fim do processo – e para sempre!

Por Redação Alex Anton 13 de Agosto de 2025 - Atualizado em 13 de Agosto de 2025 7 min. de leitura
Imagem de um conselho consultivo com uma pessoa falando e ouvindo as outras ao redor de uma mesa, relacionado a aconselhamento empresarial.

Você não precisa tomar grandes decisões sozinho: é nesses momentos que entra em cena o conselho consultivo da sua empresa, cuja estrutura depende do tamanho e do momento do negócio, bem como de seus objetivos estratégicos.

Por que enfrentar uma enorme de solidão, buscando soluções para erros que custam caros, de uma empresa em crescimento e com os desafios aumentando, se você pode juntar pessoas experientes ao redor da mesa, estabelecer suas funções e obter orientações qualificadas?

A boa estruturação de um conselho consultivo ainda aumenta a atração de investidores, demonstra preocupação com uma governança sustentável e permite evoluções consistentes.

Aceita dicas para iniciá-la ainda hoje?

O que um conselho consultivo NÃO é? E o que ele deve fazer?

Um conselho consultivo de empresas não é aquela reunião de pessoas preocupadas com a administração do negócio e que têm poder deliberativo, pelo contrário, ele é um grupo de profissionais experientes e qualificados que oferecem orientações estratégicas.

Conselheiros consultivos não votam, não têm obrigações legais e não substituem os gestores. Eles apenas aconselham, deixando uma visão crítica e trazendo insights práticos para apoiar as tomadas de decisão.

Talvez você até tenha uma espécie de conselho consultivo formado por aí e sequer notou!

Antes do conselho formal, quem sabe um conselho pessoal de consultores...

A montagem de um conselho formal é importante, mas muitos gestores começam de forma simples, aconselhando-se com duas ou três pessoas de confiança que sejam experientes e críticas e possam provocá-los com perguntas difíceis, além de encorajá-los a seguir em frente.

“Só isso já ajuda bastante a reduzir aquela sensação de solidão comum aos líderes. Eu mesmo tenho três pessoas na minha vida que considero meu conselho pessoal de consultores. Eles me fazem as perguntas certas e me mantém focado”, explica Alex Anton, estrategista, investidor e ex-Chief Strategy Officer do iFood.

Hora da progressão! Como montar um conselho consultivo estruturado de verdade?

Entenda que o papel dos conselheiros não é resolver problemas no seu lugar, mas lhe provocar, questionar e desafiar; trazer repertório; lhe tirar da zona de conforto. Então, defina objetivos claros para o seu conselho, estabeleça um número ideal de membros e vá atrás de diferentes perfis de participantes.

Siga este passo a passo para acertar:

1. Compreenda o papel dos conselheiros consultivos

Um conselho forte questiona, provoca e desafia sua visão (com respeito!), enxerga o que está fora do seu radar, ajuda em reflexões em vez de ações por impulso e na construção de uma visão de longo prazo.

“Se você quer reunir pessoas apenas para elas validarem suas decisões, talvez não esteja pronto para seguir em frente”

A ideia aqui é elevar o nível das conversas de forma a transformar seu negócio.

2. Estabeleça objetivos claros

Uma vez sabendo exatamente o que esperar do conselho consultivo, para montá-lo, você vai precisar decidir qual é a dor que quer resolver com ajuda especializada: reposicionamento no mercado? Crescimento ou sucessão?

Só assim as expectativas ficarão devidamente alinhadas.

3. Defina o número de membros

A maioria dos gestores de empresas ao redor do Brasil e do mundo têm entre três e cinco conselheiros de extrema confiança. Essa quantidade será suficiente para você garantir visões diversas sem burocracias extremas – e desempates, quando necessário!

4. Escolha os conselheiros

Finalmente, escolha pessoas com perfis complementares, experiência prática, visão de negócio e alta capacidade de comunicação.

Pra quê dois conselheiros que entendem de finanças, se você pode ter um especializado no tema e outro no mercado em que a sua empresa atua? Pense assim.

5. Defina as funções de cada um e formalize a relação

Defina a função de cada conselheiro e do conselho consultivo como um todo: quem é responsável por desafiar a estratégia, quem traz repertório técnico, quem atua como ponte com o mercado, quem contribui com temas internos etc.

Evite tanto zonas de silêncio quanto sobreposições de vozes a partir das definições, tornando as discussões mais produtivas e focadas.

E, ainda nesta etapa, estabeleça e compartilhe regras de confidencialidade e formalize as relações através de contratos, mesmo que não haja remuneração financeira.

Tudo isso vai fortalecer sua cultura de governança corporativa consultiva.

6. Promova reuniões

A cada mês, bimestre ou trimestre, reúna-se com o conselho apresentando uma pauta previamente definida e estratégica o suficiente para que as discussões levem a resultados práticos.

Mantenha o ritmo dos encontros, faça atas (mesmo informais) e certifique-se de que todos estejam comprometidos com o que acontece “na sala” do início ao fim do papo.

Você precisa que as reuniões gerem valor, certo?

7. Meça os resultados e evolua a estrutura com o passar do tempo

Logo no início da atuação dos seus conselheiros, defina indicadores-chave de desempenho para mensurar o impacto. Alguns exemplos de KPIs bastante utilizados são:

  • Qualidade das decisões
  • Nível estratégico das decisões
  • Avanço em temas prioritários
  • Maturidade da gestão
  • NPS interno

Analise-os de tempos em tempos e, se necessário, ajuste a composição dos membros, a frequência das reuniões ou mesmo o formato das pautas.

Não tenha vergonha de pedir ajuda

Depois de tanto tempo agindo por conta própria, é normal que você coloque outras prioridades acima da criação do conselho ou, mesmo se quiser agir para ter suporte, fique confuso sobre por onde começar.

Mudanças como essa exigem maturidade emocional, descentralização do ego, horas de reflexão e, na esmagadora maioria das vezes, suporte especializado.

A escolha errada de conselheiros, a falta de alinhamento e outros fatores podem levar a frustrações inimagináveis – e custar caro! Enquanto a escolha certa, comprovadamente, transforma as decisões de um jeito impressionante (e positivo, é claro).

Esteja a sua empresa em um ponto de inflexão ou esteja você pensando em crescer, captar investimentos, profissionalizar sua gestão ou simplesmente buscando maneiras de agir de um jeito mais sólido, a dica que fica é:

Monte um conselho consultivo a serviço do seu negócio
com o apoio técnico da consultoria estratégica de Alex Anton

Reduza riscos, acesse networking e novas oportunidades, fortaleça a reputação e a credibilidade dos negócios e, mais do que exibir bons nomes no papel, transforme para melhor a sua forma de pensar.

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