O que é um mapa de stakeholders e como criá-lo

Por que e como criar um mapa de stakeholders? Aprenda a fazer seu mapping de forma completa e estratégica, engajando com as pessoas certas, no momento certo.

Por AlexAnton 06 de Maio de 2025 - Atualizado em 13 de Maio de 2025 6 min. de leitura
O que é um mapa de stakeholders e como criá-lo

Estratégico e fundamental para o crescimento sustentável de equipes e empresas, o mapa de stakeholders nada mais é do que uma análise das partes interessadas em um projeto ou no negócio per se. 

Ele é um incentivo à comunicação e a uma troca valiosa com essas partes – além de desenvolver, em líderes e gestores como você, um senso de orientação que guia a tratativa com elas.

Esse mapa, portanto, depois de pronto, vai ser usado para alinhamentos de expectativas e, ao mesmo tempo, para mitigar riscos e fortalecer relacionamentos. Tendo-o, você vai conseguir promover e tomar decisões mais conscientes.

“Quanto maior o seu nível de clareza e de coesão na narrativa, maior a sua habilidade em convencer, engajar e tocar a cabeça e o coração de todos” – Alex Anton

Aprenda a fazer o seu mapping, mas, antes, entenda quem envolver no processo.

Afinal, quem são os stakeholders de uma empresa?

Ao contrário do que muitos pensam, os stakeholders de um negócio não são apenas seus investidores. Na tradução do inglês para o português, o termo significa “partes interessadas”, portanto, é bastante amplo.

Existem stakeholders internos e externos, confira:

Stakeholders
Internos
  • Colaboradores
  • Gestores
  • Investidores
Externos
  • Clientes
  • Fornecedores
  • Sociedade
  • Imprensa
  • Órgãos reguladores

Quem precisa estar na sala quando acontecem decisões-chave? Quem tem influência sobre as decisões, sejam positivas ou negativas? Quem precisa ser convencido e como? Todas as partes que fizerem sentido precisam entrar no seu mapa.

O que é e para que serve um mapa de stakeholders?

O stakeholders mapping pode ser considerado uma representação visual das partes envolvidas num time, projeto ou negócio. Ele serve para identificar, classificar e organizar as partes com base nos níveis de interesse e influência que elas têm.

A partir do mapeamento, fica mais fácil, por exemplo, garantir que todos sejam considerados nas decisões, e que as próprias decisões tenham mais assertividade e coerência. Aqui está uma lista de vantagens de fazê-lo:

  • Alinhamento estratégico das partes aos objetivos
  • Gestão adequada de riscos
  • Identificação de resistências
  • Antecipação de conflitos e melhor gerenciamento de crises
  • Comunicação eficaz
  • Trocas entre diferentes públicos
  • Promoção de relacionamentos duradouros
  • Aumento do engajamento
  • Mais confiança transmitida por todos os estilos de lideranças
  • Sucesso de projetos
  • Crescimento sustentável dos negócios

Mais do que um exercício visual, essa ferramenta de inteligência estratégica mostra quem são seus aliados naturais, quem são influenciadores ocultos dos projetos e da empresa e até quem pode representar um obstáculo para mudanças.

E você pode se inspirar pelo exemplo que virá mais adiante para fazer o seu mapping, usando ferramentas, como o Canva, se quiser um mapa apresentável, o Excel, para um documento em que caiba uma análise mais estruturada, o Mural e o FigJam, com a pretensão de compartilhar.

O importante é apresentar a imagem aos interessados depois!

Como fazer um mapa de stakeholders em 5 etapas simples

Mapeia no Excel e deixa bonito no Canva! Não é difícil criar sua estratégia de visualização dos seus stakeholders, mas é essencial que ela venha acompanhada de intenção estratégica e clareza de propósito. Sem isso, vira só um exercício estético.

O passo a passo para você agir está sugerido na lista adiante.

1. Identifique todas as partes, sem exceção

Liste todas as partes interessadas do seu projeto ou envolvidas no cotidiano do seu negócio – tanto quem decide quanto quem pode ser impactado pelas decisões, assim como quem tem influência nelas e é relevante para o sucesso das iniciativas.

Dica prática: envolva pessoas de diferentes áreas, assim você tem uma visão holística dentro da estratégia.

2. Classifique os stakeholders

Estude as partes, separando-as entre pessoas interessadas e pessoas influentes ou decisoras. Analise o quanto cada uma se importa com o projeto ou a empresa. Da mesma forma, analise o quanto de poder os influentes exercem sobre as decisões.

Dica prática: faça uma documentação completa da sua análise, mantendo registros das características e expectativas dos envolvidos.

3. Organize todo mundo a partir de uma matriz

Com sua lista em mãos, use a chamada “matriz de stakeholders” para distribuir os envolvidos a partir do nível de interesse (eixo X) e do poder ou da influência (eixo Y), assim:

Gráfico de poder e influência de Alex Anton, mostrando quatro quadrantes de interesse e poder.

Dica prática: se você ainda não estiver contando com uma consultoria em stakeholder mapping a esta altura do campeonato, busque esse tipo de orientação especializada porque um olhar externo, técnico e experiente pode revelar dinâmicas de poder e influência que você não enxerga de dentro.

4. Defina suas ações

Trace estratégias de comunicação e relacionamento com os stakeholders categorizados, a partir do que ficar visivelmente esclarecido sobre cada um deles. Só não vá agindo sem antes consultá-los e validar suas percepções.

Dica prática: esqueça o pessoal e foque no que é relevante para as tomadas de decisões do projeto ou do negócio.

5. Apresente o mapa aos envolvido e monitore resultados

Mostre a estrutura pronta para as partes, informando-as sobre novas possíveis conversas com o decorrer do tempo, afinal, todo mundo muda. Periodicamente, faça reavaliações do mapping.

Dica prática: atue para manter a estratégia sempre atualizada e relevante e marque checkpoints com antecedência, usando momentos de movimentação na empresa para realizá-los. O crescimento sustentável dos negócios depende de você.

E aqui está o exemplo prometido, caso queira usar!

Exemplo de mapa de stakeholders

Considere uma empresa de implementação de software. Veja como ficaria um mapping simples:

Stakeholder Interesse Influência Ação/Estratégia

Diretoria

Alto

Alto

Incluir nas decisões

Equipe de TI

Alto

Médio

Consultar e envolver

Usuários finais

Médio

Baixo

Treinar para uso e manter informados

Fornecedor do ERP

Baixo

Alto

Negociar

Lembre-se de que o stakeholder mapping não é um documento estático, mas um organismo vivo e um diferencial competitivo. As relações evoluem, os interesses mudam e novos atores entram em jogo, então, o aliado de hoje pode ser uma resistência amanhã – e vice-versa.

Compartilhe:

Você por dentro das últimas sobre Business Advising

Você por dentro das últimas sobre Business Advising

Parabéns! Inscrição feita com sucesso

Você receberá conteúdos sobre crescimento pessoal e
profissional